Pensar e ver que se pode seguir
Seguir por entre flores e o sopro de vida
E os amores de contrapartida
Que desabrocham nos ramos e cachos
Na beira dos penhascos da minha solidão

Parar e olhar o que ficou para trás
Encontrar no brilho dos olhos de alguém
De alguém que se foi com o vento

Olhar o mar das lembranças
Saborear os desejos perdidos
Brindar com o que foi encontrado
E sorrir pra melancolia do tempo
Chorar com o que fui
Sorrir com o que sou
Gargalhar com o que serei, pois

Eu que sou amor, deixei, fui pecado
Você que é sabor, doce, amargo
E entre caminhar entre prosa, poesia
E poemas de amor em vão
Semear o melhor, o pior… E talvez,
Colher conquistas, se perder, vem

Brincar de saber, e no fim, não lembrar o caminho
E encontrar no brilho de uma estrela qualquer
Um sorriso perdido pra se amar
“Amor, vem cá, me dá um abraço”
E no próximo passo ver o nascer do sol.

Nairon J. Alves